Isso é tudo que resta quando precisa se esconder para ajudar
É o olhar de longe para não ser notado, querendo ser notado
É o torcer calado, rezar pra chuva passar depressa e aquecer seu dia
É o sofrer calado, rezar pra chuva cair de novo e esquecer que um dia
Pediu pra não chover
É imaginar, inocente, que se doa o que se tem, o que se sente
É um querer, displicente, olhar para o lado errado, ver o que não quer ver
É amar e sentir culpa, levantar a vista e cair no chão ao perceber que o abraço
Estava para lá, em outra mesa, em outra dança
É perceber que o que não se tem aqui é por evitar, por não saber dançar
Mas dói saber que na outra mesa, na outra dança, os passos continuam iguais
Eu sou só
E isso tudo é a minha solidão
É minha parceira fiel, que jamais me abandona
É ela quem me guia quando me perco na multidão
Foi ela quem disse para a Vida:
"Ensine o menino a ser só, porque assim sempre será"
E assim sempre foi.
Meu melhor amigo sequer existiu
Meu tato sequer sentiu
Tudo aquilo que toco, toco com leveza
Toco por cima
E só me aprofundo em mim mesmo
E nesse brincar de avestruz
Haverá um dia em que me vire do avesso
Assim talvez os outros saibam o que há aqui por dentro
E alguém diga à Vida:
"Ensine a solidão a ser menino!"
E então ela perceba que todo menino precisa ser homem
E nenhum homem é uma ilha
Aos menos assim alguém cantou...
Sobrevivo
Há 6 anos
Tu tá emo e isso me preocupa. Brincadeiras à parte, tô aqui. Ensina a solidão a ser menino, marrapá! :} hehehehe! Abração, Poeta.
ResponderExcluirClaúdio, como vai?
ResponderExcluirvisite e colabore com o maranharte;
www.maranharte.blogspot.com
e-mail: maranharte@gmail.com.br
Cara, volta a escrever que eu quero ler mais.
ResponderExcluirGostei, é profundo e nem um pouco piegas!
ResponderExcluirEstou seguindo o seu blog, da uma olhada no meu blog também, se quiser :)
Parabéns!
Estou escrevendo um blog sobre o poder das palavras ditas, mas você me fez pensar no que representa uma palavra não dita...
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